Claros Sinais de Loucura de Karen Harrington

Karen Harrington apresenta em "Claros Sinais de Loucura" a história de Sarah Nelson , uma garota que completa 12 anos che…


Karen Harrington apresenta em "Claros Sinais de Loucura" a história de Sarah Nelson, uma garota que completa 12 anos cheia de dúvidas sobre o andamento de sua vida e que relata tudo o que pensa em seus diários (um verdadeiro e outro falso) e cadernos dados por seu professor de inglês. Ela e seu pai, Tom, moravam em Garland, mas antes disso já passaram por várias cidades.

Essas mudanças repentinas aconteceram pois ele não consegue conviver com o "segredo" da família. Sua ex-mulher, Jane, está presa em uma clínica psiquiátrica por mais ou menos 10 anos. Isso aconteceu quando Sarah tinha 2 anos e ela e seus irmão gêmeo Simon, foram afogados por ela na pia da cozinha. Porém, somente Sarah sobreviveu.

Como sua mãe era considerada "louca", a garota nunca teve muitas informações sobre ela. Seu pai evitava comentar sobre o assunto. O que mais deixava Sarah complexada era tentar encontrar sinais de loucura no seu dia a dia, para tentar encontrar alguma conexão com sua mãe. Porém, isso deixava seu pai muito irritado, já que ele sabia que não era assim que funcionava; sua ex-mulher tinha graves problemas psicológicos e eles não seriam hereditários à Sarah.

Na escola, ela não era popular e também não tinha preferência em estar no centro das atenções. Apesar de não expressar muito sua opinião publicamente, Sarah lê muito e diferente de seus colegas, seu personagem favorito não é Harry Potter, mas sim Atticus Finch, de "O Sol é Para Todos". Ela gostava da forma como o personagem lidava com as situações, cuidava de seus filhos e muitas vezes desejou que seu pai tivesse atitudes parecidas com as dele. Sarah escrevia a maior parte de seus textos dedicados a Atticus.

E como o ano letivo está chegando ao fim, seu maior medo é ter que passar mais um verão com seus avós em Houston. Lisa, sua melhor amiga, vai novamente para o acampamento de férias e ela só queria ficar em casa, perto de seus diários e da Planta. A Planta é uma outra amiga de Sarah. Apesar de ser uma folhagem comum, ela sabe que é super confiável, que não vai contar seus segredos para ninguém e sempre apoiará suas atitudes.

Para a surpresa de Sarah, seu pai anuncia que ela vai poder ficar em casa durante as férias. Mas enquanto ele estiver trabalhando, ela ficará com Charlotte sua vizinha universitária, que considera como uma irmã mais velha. Dessa vez Charlotte está diferente do ano anterior; ela está mais interessado em seu namorado do que em qualquer outra coisa. Por isso, Sarah acaba convivendo com o irmão dela, Finn e divide muitas opiniões sobre livros e assim surge uma paixão repentina.

Só que como tudo o que é bom dura pouco, o caso de sua mãe começa a ressurgir nos canais locais e Sarah não sabe o que vai acontecer. Ela tem medo que seu pai queira mudar novamente e ela tenha que recomeçar tudo de novo.



A narrativa de Karen Harrington não é complexa e a forma que a história é desenvolvida dá aquela ansiedade de saber o que vai acontecer na sequência. Ele é um livro curto e que pode ser lido em uma tarde tranquilamente.

A diagramação escolhida pela Editora Intrínseca, com variações de fontes e espaçamentos diferentes, nos momentos em que Sarah escreve em seu diário, trazem uma realidade maior as cenas criadas pela autora.

É um livro que não esperava gostar tanto, mas foi uma narrativa que me cativou e com certeza recomendo a leitura.
A+
A