Homem-Formiga | Crítica

Mais um típico filme da Marvel Studios, e nós amamos isso. 'Homem-Formiga' foi um dos filmes de Super-Heróis que mais enco…

Mais um típico filme da Marvel Studios, e nós amamos isso.

'Homem-Formiga' foi um dos filmes de Super-Heróis que mais encontrou obstáculos para sair do papel e agora finalmente estreou superando todas as expetativas. Originalmente, Edgar Wright (Scott Pilgrim Contra o Mundo) seria o diretor do projeto que estava em desenvolvimento há anos e o diretor estava envolvido com o filme desde sempre. Um mês antes do começo das filmagens, Wright abandonou a direção por conflitos com os executivos da Marvel e foi substituído por Peyton Reed (Abaixo o Amor). No entanto, é possível ver a marca de ambos os diretores em várias partes do roteiro, afinal o roteiro ainda é de Wright, só foi adaptado para acrescentar mais elementos do universo compartilhado da Marvel no cinema, uma decisão controvérsia, mas acertada do estúdio.

As aparições e menções a outros personagens da Marvel são essenciais para expandir ainda mais esse vasto universo que vem rendendo ótimos resultados, tanto lucrativos, quanto criativos.

O elenco se mostra o mais diversificado de todos na Marvel. Paul Ruud (O Virgem de 40 Anos) apresenta um Scott Lang que os fãs mais adultos podem se identificar e um herói que os fãs mais novos vão amar. O consagrado Michael Douglas (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme) mostra que a idade nunca foi e numa será um empecilho para fazer um filme de herói, seu Hank Pym é divertido, dramático e convidativo no tom certo.

Evangeline Lilly (O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos) aceitou o desafio de interpretar Hope van Dyne, que nos quadrinhos se torna a heroína Vespa, a personagem é ‘badass’ e deve agradar os fãs mais exigentes dos quadrinhos. Corey Stoll (The Strain) convence como o vilão Jaqueta Amarela/Darren Cross, mesmo assim o personagem parece não cativar o público como outros vilões e em alguns momentos lembra muito o vilão Obadiah Stane do primeiro filme do Homem de Ferro.


David Dastmalchian (Batman – O Cavaleiro das Trevas), o rapper T.I. (Uma Ladra Sem Limites) e principalmente Michael Penã (Trapaça) cuidam do humor do filme que é um verdadeiro show à parte, com diálogos acelerados no melhor estilo Gilmore Girls e em uma cena de dublagem que com certeza se tornará referência.

Os efeitos especiais estão muito bons, com cenas filmadas nos ares que impressionam, assim como a fotografia que mostra belos pontos turísticos da cidade de São Francisco. O 3D do filme é imensamente superior aos outros filmes do estúdio e vale o ingresso mais caro.

Muitas pessoas (Incluindo fãs) não estavam muito confiantes sobre essa nova aposta da casa das ideias, mas junto com Guardiões da Galáxia, esse novo filme mostra que não é necessário que um herói seja conhecido do grande público para apresentar um filme extremamente competente em roteiro, desenvolvimento da história e dos personagens e ainda entreter o público.

E assim, a Marvel apresenta um filme simples, mas que cumpre exatamente aquilo que propõe, expande ainda mais esse imenso universo cinematográfico, e fecha a segunda fase de filmes do estúdio com chave de ouro.

A+
A