Kingsman: O Círculo Dourado | Crítica

Matthew Vaughn retorna aos cinemas com a sequência de 'Kingsman: Serviço Secreto', e com ele, os protagonistas do filme anteri…

Matthew Vaughn retorna aos cinemas com a sequência de 'Kingsman: Serviço Secreto', e com ele, os protagonistas do filme anterior, novos personagens e o bom humor banhado de violência. Em 'Kingsman: O Círculo Dourado' somos apresentados à um Eggsy (Taron Egerton) "lapidado", com aparência de um verdadeiro lorde. Ele finalmente se encontrou dentro da agência, e a primeira cena do filme deixa isso bem claro.

Contudo, como vimos no trailer, a Kingsman é destruída, forçando os agentes britânicos a trabalharem com seus primos americanos da Statesman (a agência de espiões americanos). E o que os leva a fazer isso é a ameaça de Poppy Adams (Julianne Moore), a chefe do maior cartel de drogas do mundo.

Assim como no primeiro filme, Vaughn nos trás uma ameaça global a qual os agentes precisam eliminar. Tudo com muito bom humor, violência e cenas de ação de tirar o folego. E acho que esse é o grande mérito de 'Kingsman': ser uma "hipérbole" de filmes de espionagem.


As cenas de ação são muito bem coreografadas, os movimentos de câmera trazem o espectador para dentro do filme, sempre acompanhadas de brutalidade. Entretanto, nada que desagrade os olhos, pois a comédia também é muito presente, o que deixa o tom do filme mais suave. Esses elementos funcionam e acredito que agrade o grande público, afinal estamos falando de uma sequência. Mas essa mistura de ação e comédia pode ser confusa para algumas pessoas, ou até mesmo desagradável. Porque há momentos em que se "fala sério" no filme, mas a conexão emocional do público com os personagens sofre pelo fato de tudo ser tão lúdico.

No primeiro filme entendemos que a agência é antiga e tem ao seu dispor muito dinheiro e tecnologia, e agora, era também uma espécie de lar para Eggsy, mas acredito que o relacionamento dos personagens com o lugar físico onde a Kingsman se encontrava, devia ser melhor explorado antes de ser destruído. Talvez se essa ideia de destruir a Kingsman e juntar as duas agências, fosse planejada para o terceiro filme, tivesse funcionado melhor. Acho que foi muito cedo para isso e eu queria ter me importado mais.


A vilã do filme, Poppy, é extremamente excêntrica e exagerada, mas Julianne Moore consegue entregar um bom trabalho, apesar de em vários momentos a cafonice de toda sua trama beirar o ridículo, e parecer um filme infantil da Sessão da Tarde, mesmo sabendo que, muito provavelmente, essa era a intenção. A forma como o filme mostra a reação do governo/presidente dos EUA aos eventos que acontecem é hilária, mas também faz pensar nas discussões sobre as drogas.

O filme no geral é satisfatório, tem um elenco muito bom (mesmo que alguns atores tenham sido mal aproveitados) e serve para dar vontade de assistir ao próximo. A união com os EUA serviu pra trazer um toque de música country pra trilha sonora, já que a base da Statesman fica no estado de Kentucky, e achei essa uma sacada muito boa. 'Kingsman: O Círculo Dourado' é um filme muito divertido e competente em sua proposta, mesmo sabendo que ele tinha potencial para mais.

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