Gosto Se Discute | Crítica

Com distribuição da Imagem Filmes , 'Gosto Se Discute' foi uma das estreias nacionais de novembro nos cinemas. Apesar da histór…
Com distribuição da Imagem Filmes, 'Gosto Se Discute' foi uma das estreias nacionais de novembro nos cinemas. Apesar da história parecer boa, faltou uma melhor finalização.

Augusto (Cássio Gabus Mendes) é o chef e dono do restaurante Gusto, que foi um dos mais requisitados em São Paulo. Porém o tempo passa e o chef não teve iniciativa de inovar e buscar um novo público. Assim, seu ex-funcionário Patrick (Gabriel Godoy) abre um food truck em frente ao seu restaurante e a proposta "inovadora" leva muita gente para lá, causando fúria em Augusto, pois não concorda com o modelo de negócio e a atenção que vem recebendo.

Da mesma forma que o restaurante perde público, ele também perde dinheiro. E é aí que chega Cristina (Kéfera Buchmann), uma representante do banco que Augusto tem parceria financeira. Surpreso com a visita, ele fica ainda mais assustado quando descobre que a jovem vai trabalhar com ele por algumas semanas para tentar salvar o restaurante.

Os problemas, principalmente psicológicos, de Augusto começam quando Cristina exige um novo cardápio, que pode ajudar o restaurante a atingir os cinco pratos de uma famosa revista de culinária da cidade. Nesse meio tempo, ele tem um rara síndrome que faz com que perca o paladar e não consiga definir se sua comida está boa ou não.


'Gosto Se Discute' é um filme que tem cara de televisão do início ao fim e traz um roteiro com muitas falas rasas. O filme traz poucos cenários e senti muita falta de cenas urbanas. Dá pra perceber que elas eram necessárias quando acompanhamos as que foram gravadas no Mercado Municipal de São Paulo

Os coadjuvantes se destacam por conta própria, como Romualdo (Paulo Miklos), Josenildo (Robson Nunes) e Reginaldo (Zéu Britto), que mesmo com pouco tempo em cena, garantiram os momentos mais divertidos do filme.

Talvez uma parte frustrante é ver que a interação em cena de Cássio e Kéfera era mais interessante na época dos bastidores, em que os dois criavam conteúdo nas suas redes socias, do que na tela grande. Talvez isso aconteça porque Cristina tem um perfil mais sério, com a pronúncia corretinha das palavras e sotaque contido, que difere muito dos outros personagens. Lembro que na sala que estava, a cena que a personagem mais divertiu o público foi quando reclama com os pais sobre o "novo namoradinho".

O tema restaurante e comida é atual, foi bem trabalhado na hora da criação de um novo cardápio, apresentando as referências do personagem principal, e claro, na apresentação dos pratos também. 

Apesar do "final feliz", faltou algo a mais no filme. Talvez uma visão mais longa do futuro dos personagens ou uma abertura de filial. O retorno de Mariana Ximenes, a cliente celebridade, não foi o suficiente. Até fiquei um pouco a mais dos créditos para ver se aparecia uma cena extra, mas não aconteceu.

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