Cinquenta Tons de Liberdade | Crítica

Três anos se passaram desde que 'Cinquenta Tons de Cinza' chegou aos cinemas, após impressionantes números no mundo lite…

Três anos se passaram desde que 'Cinquenta Tons de Cinza' chegou aos cinemas, após impressionantes números no mundo literário. Agora, 'Cinquenta Tons de Liberdade' chega para encerrar o legado da franquia no cinema, mas não apresenta nada de novo em relação aos dois filmes anteriores ou para o gênero como um todo.


Fugindo da moda onde grandes estúdios dividiram livros em duas partes, a Universal acertou em adaptar o fim da trilogia em apenas um filme. No entanto, os dois últimos filmes foram filmados simultaneamente e desse modo, esse terceiro capítulo repete erros do filme anterior, mas felizmente também repete os acertos.

Mais uma vez a belíssima fotografia é um dos acertos, aproveitando o melhor das locações em Vancouver, mas não deixando de lado as locações em Paris, que apesar de rápidas, foram muito bem aproveitadas. Os cenários internos também não deixam a desejar, onde o apartamento de Christian e o escritório de Anastacia se destacam pelo bom gosto.

O roteiro de Niall Leonard (Wire in the Blood) é direto e não perde muito tempo no casamento ou na lua-de-mel, e rapidamente nos coloca de frente com o suspense e com os dramas pós-casamento. Alguns detalhes desinteressantes do livro foram deixados de lado, o que pode irritar alguns fãs, mas não se trata de nada que faria muita diferença na trama principal. Enquanto a direção de James Foley (House of Cards) acerta em aproveitar o melhor de seu elenco, além do clima de suspense que a o roteiro tem a oferecer.


É interessante ver o casal de protagonistas como marido e mulher, criando uma dinâmica não vista nos outros filmes. Anastacia (Dakota Johnson, 'Como Ser Solteira') e Christian (Jamie Dornan, 'The Fall') continuam com uma boa química em cena, e as atuações são convincentes.

Jack Hyde (Eric Johnson, 'Smallville') convence como vilão, mas poderiam ter pegado mais leve com sua maquiagem. Eloise Mumford (Chicago Fire), Rita Ora (Nocaute), Luke Grimes (Sete Homens e um Destino), Victor Rasuk (Stalker), Max Martini (Revenge) e Marcia Gay Harden (How To Get Away With Murder) possuem pouco destaque em relação aos filmes anteriores, mas nenhum apresenta algo de novo em relação a seus personagens, nem mesmo os novatos Arielle Kebbel (The Vampire Diaries) e Brant Daugherty (Pretty Little Liars).

Entre todo o elenco, Dakota Johnson continua a mais promissora. Dessa vez, a atriz lida com maestria as mudanças que sua personagem enfrenta, além de assumir o posto de protagonista com louvor quando o roteiro exige que Anastacia tome as rédeas da situação.


Como já era de se esperar, a trilha sonora é um verdadeiro show. 'For You', de Liam Payne e Rita Ora pode ser o carro chefe, mas 'Capital Letters', de Haille Steinfeld é ainda melhor. Além disso, trazer de volta 'Love Me Like You Do', de Ellie Goulding foi uma decisão acertada para encerrar a trilogia.


O figurino também é lindíssimo, desde do vestido de noiva de Anastacia, as roupas que a recém-casada usa após se tornar a Sra. Grey, ou os ternos de alta-costura de Christian. As cenas de sexo continuam bem coreografadas, e algumas realmente tem um verdadeiro apelo sexy, mas outras beiram o ridículo e podem arrancar algumas gargalhadas do público, assim como alguns diálogos duvidosos.

A franquia se encerra de maneira condizente com os outros filmes e deve agradar aqueles que gostaram dos filmes anteriores. Embora, os fãs mais exigentes podem não gostar de alguns detalhes deixados de fora pela versão cinematográfica.

Mas como um todo, a trilogia termina cumprindo seu objetivo, não agradando a crítica especializada ou estatuetas em grandes premiações, mas divertindo e agradando seu público alvo como uma boa sessão pipoca.

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