Aquaman | Crítica

'Aquaman' é o sexto filme da DCU e a trama principal acontece após os eventos da 'Liga da Justiça' (2017). Esta também…

'Aquaman' é o sexto filme da DCU e a trama principal acontece após os eventos da 'Liga da Justiça' (2017). Esta também é a história de origem do super-herói titular.

Dirigido por James Wan ('Invocação do Mal', 'Velozes e Furiosos 7') e roteirizado por David Leslie Johnson-McGoldrick ('Invocação do Mal 2') e Will Beall ('Caça aos Gângsters'), a história foca em Arthur Curry / Aquaman (Jason Momoa) e a básica premissa relutante de se aventurar em um missão para impedir que seu meio-irmão King Orm (Patrick Wilson) possa unir o exército de todos os reinos sob o mar na Atlântida para uma guerra contra os humanos na superfície. A abertura do filme também dá uma rápida história de fundo sobre as origens e nascimento de Arthur.

Vai ser impossível não comparar com alguns títulos da Marvel como 'Thor' (2011), 'Pantera Negra' (2018) e até mesmo 'Homem-Formiga e Vespa' (2018) no final, mas no geral 'Aquaman' é um passeio frenético pelo oceano, oferecendo uma ótima origem de super-herói graças à incrível direção e visão de Wan que de alguma forma não só é capaz de se encaixar em uma variedade de tantas coisas sem cansar ou assustar o espectador. 

Ele também fornece uma ação espetacular, humor decente e visual subaquático que sem dúvida é uma das coisas mais belas já exibidas nas telas dos cinemas (uma exibição em IMAX faz toda a diferença).

O enredo pode até ser clichê e previsível, mas a narrativa é bastante bem pensada e fornece muita exposição sobre o folclore e a história da Atlântida. Talvez o humor seja a coisa mais falha no filme, pois mesmo sendo bem diminuto durante as mais de duas horas de filme, quando é oferecido pelas piadas do Jason Momoa, esse humor parece fora de tempo, sem ritmo. Pode tirar uma risada ou outra, mas nada mais que isso. 

Porém, o que falta no filme é bem recompensado pela mistura satisfatória de heroísmo, ação, aventura e deleite para os olhos que proporcionam uma experiência sem igual em tudo que a DC já nos ofereceu de sua mitologia.


Os personagens principais são divertidos e agradáveis, embora nem todos sejam bem desenvolvidos. O desempenho de Jason Momoa é muito bom, consistente com sua personalidade de "fodão", já apresentada em 'Liga da Justiça'.

Amber Heard (seu cheiro, The Rum Diary) é um colírio como Mera, e apesar de todo o meu receio com a personagem durante os trailers e seu cabelo "peruca de carnaval", ela acabou me convencendo durante o longa, não por sua atuação, mas pelo uso de seus poderes que é bem dinâmico e acertados em diversos momentos. Ela serve como o interesse amoroso do Aquaman, mas a relação no filme não oferece o mesmo nível de profundidade romântica que 'Mulher Maravilha' (2017) faz.


O filme ainda  tem dois antagonistas, King Orm / Mestre dos Oceanos, e David Kane / Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), ambos ótimos dentro de seus motivos para serem maus. Patrick Wilson não chega a ser ameaçador, mas se encaixa no papel.

Apesar de ter duas horas e meia de duração, o filme não se torna chato ou cansativo. O mundo subaquático de Atlantida, que a todo momento me lembrava 'Tron' (e isso é um grande elogio), é interessante e lindo, e eu gostaria que o filme tivesse mais tempo para explorar essas profundezas. Os planos sequências de ação são impressionantes. E aliado à toda beleza dos cenários, das roupas e armaduras que abraçam os quadrinhos, completam o que define 'Aquaman' como um dos melhores filmes da DC.


'Aquaman' é definitivamente um dos filmes mais energeticamente divertidos que eu vi esse ano. É espetacular em todos os sentidos, vai te prender na cadeira, vai te fazer arrepiar, vai fazer seus olhos brilharem e sem dúvida alguma, vai te fazer querer vê-lo novamente. E quando um filme desperta isso em você, ele alcançou seu propósito.

Espero de verdade que esse filme possa ser aquele ponto em que a DC comece a se reerguer, porque 'Aquaman' deixa bem claro que mais que heróis, seus personagens são deuses, e podem ser representados na tela de formas diferentes e ainda assim, coexistir em um mesmo universo. Obrigado James Wan por essa maravilha chamada 'Aquaman'. 

OBS: O filme possui uma cena pós-crédito, então não saia da sala.

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