Sniper Americano | Crítica

Dirigido pelo octogenário Clint Eastwood, o drama 'Sniper Americano' foi adaptado do livro homônimo autobiográfico e conta a …

Dirigido pelo octogenário Clint Eastwood, o drama 'Sniper Americano' foi adaptado do livro homônimo autobiográfico e conta a real história de Chris Kyle (Bradley Cooper), o maior atirador de elite das forças especiais da marinha americana. O filme foi indicado a seis Oscars em 2015, incluindo o de Melhor Filme e de Melhor Ator.

Bradley Cooper, que também é produtor do filme, deixou de ser só um rostinho bonito em comédias românticas e mostrou sua capacidade desde 'O lado bom da vida', em que também conquistou a indicação ao Oscar de Melhor Ator, seguida pela indicação de Melhor Ator Coadjuvante por 'Trapaça'.

A trama do filme conta a trajetória de Chris Kyle, um caubói texano que modificou totalmente seu destino, encontrando sua verdadeira vocação ao alistar-se ao Seals, o grupo de elite da marinha dos Estados Unidos. Chris foi considerado o atirador mais letal da história das Forças Armadas, participando de quatro missões na Guerra do Iraque. Em seu currículo, foram cerca de 160 mortes, tornando-se uma lenda viva na corporação.

Presente em uma das maiores zonas de conflitos do mundo, Chris enfrenta os reais conflitos em sua vida familiar. A relação com sua esposa Taya (Sienna Miller) aos poucos vai se esvaecendo, assim como sua ausência na vida dos filhos. Mesmo que estivesse fisicamente presente, as consequências psicológicas da Guerra fizeram com que Chris nunca estivesse realmente ao lado da família.


Apesar de todas as questões dramáticas envolvidas, elas foram tratadas com bastante superficialidade. Acredito que, como enxergamos a Guerra tão de longe, nos faltam argumentos que justifiquem o grande tormento que Chris enfrentou em sua vida pessoal. Assim, fica a dúvida se ele foi realmente um grande herói de guerra ou apenas um assassino desumano e transtornado.

De qualquer forma, 'Sniper Americano' retrata uma história real de capacidade, bravura e heroísmo. E, também, das dificuldades de lidar com o fardo de ser um herói e, ao mesmo tempo, pai de família.

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