“Destinos Opostos” entrega cenários fortes e uma história fragmentada

A produção brasileira acerta na ambientação, mas falha ao equilibrar suas muitas narrativas

O longa “Destinos Opostos”, protagonizado por Breno de Filippo e com direção de Walther Neto, foi lançado em 3 de agosto de 2023, com distribuição da Paris Filmes. A produção destaca as paisagens do Pantanal. A trama acompanha Tony de Barros, um empresário bem-sucedido que retorna à fazenda da família após anos afastado, para resolver questões ligadas à herança deixada pelo pai.

Na antiga fazenda, Tony reencontra figuras do passado, como Jacinto (Jackson Antunes) e seus amigos de infância Waldir e Helena. Entre memórias, conflitos e reencontros, ele precisa lidar com feridas antigas e encarar decisões que podem transformar seu futuro. O elenco ainda conta com nomes como Daniela Escobar, Eucir de Souza e Michael Stone.


Em alguns momentos, “Destinos Opostos” parece mais um episódio piloto de uma novela ou série que acabou não indo adiante. A trama tem elementos promissores, mas falta coesão para amarrar todas as narrativas de forma mais envolvente.

O cartaz do filme também não ajuda muito: a composição visual é confusa, com muitos elementos que competem entre si. Talvez uma abordagem mais simples, destacando o protagonista e a paisagem do Pantanal, fosse mais eficiente e impactante.

Embora o diretor tenha uma longa experiência com as gravações do Rally dos Sertões, a inclusão dessa narrativa no filme parece desconectada do restante da história. Relações como a de Tony com seus amigos de infância, os conflitos familiares ou até o possível desapego da fazenda, além da ameaça de venda para um norte-americano, são bem mais interessantes e poderiam ter sido melhor exploradas.

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