Jornalistas se unem em nova campanha para combater o assédio

Depois das hashtags #MeuPrimeiroAssédio , #MeuAmigoSecreto , #VamosFazerUmEscândalo , entre outras, repercutirem nas redes sociais denun…
Depois das hashtags #MeuPrimeiroAssédio, #MeuAmigoSecreto, #VamosFazerUmEscândalo, entre outras, repercutirem nas redes sociais denunciando situações de assédio, uma nova hashtag surgiu e com mais denúncias. Se trata da campanha #JornalistasContraOAssédio, criada após a demissão da repórter do Portal IG que denunciou o cantor Biel.

O caso ocorreu em maio, quando uma repórter do portal entrevistou o cantor. Durante a entrevista, Biel chamou a repórter de “gostosinha”, falou “se te pego, te quebro no meio”, entre outras frases de assédio. A repórter então denunciou o ocorrido, e o portal IG repudiou qualquer forma de assédio ou agressão à mulher.



Porém, menos de um mês depois da divulgação do caso, o jornalista Fernando Oliveira, popularmente conhecido como Fefito, comentou no twitter que a repórter tinha sido demitida. As pessoas começaram a cobrar explicações do portal, e as redes sociais do IG pararam de funcionar no mesmo dia.


Três dias depois, foi criada uma página no facebook para combater o assédio com jornalistas. Um vídeo também foi feito, com relatos de mulheres profissionais da área, contando alguns casos que já aconteceram com elas. O manifesto ganhou apoio de políticos como Luiza Erundina, Jean Wyllis, o ex-presidente Lula e Cassio Cunha Lima.

 
E hoje no twitter, jornalistas do Brasil todo estão compartilhando a hashtag, contando histórias de assédio que já ocorreram com elas.







A campanha ganhou o apoio dos homens também.




Como jornalista, é triste se identificar em cada história dessa. Já vivi ou presenciei colegas nessas situações. O que a princípio só achei incômodo, hoje vejo que o quão errado é. Mas o primeiro passo já foi dado, que é falar sobre o assunto e expor essas situações.

Não podemos tornar o assédio algo natural. Sei que é complicado, porque na maioria das vezes nosso emprego está em jogo, seja com o assédio partindo de um chefe ou de um entrevistado. Mas precisamos nos unir e mostrar que não queremos isso. Tudo que pedimos é respeito para fazer nosso trabalho em paz. #JornalistasContraOAssédio

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