Mulher-Maravilha | Crítica

Antes de começar, vamos esclarecer um ponto. Eu adoro tanto Marvel como a DC. Eu quero que ambos lancem filmes bons na telona, mas send…

Antes de começar, vamos esclarecer um ponto. Eu adoro tanto Marvel como a DC. Eu quero que ambos lancem filmes bons na telona, mas sendo sincero, 'Batman Vs Superman' e 'Esquadrão Suicida' são cheios de falhas que conseguem macular os filmes (sei que muitas pessoas odeiam Homem de Aço, mas eu realmente gosto do filme). Ambos bagunçados e cheios de intromissão corporativa só para fazer mais dinheiro.

No entanto 'Mulher-Maravilha' é o completo oposto. Isso marca o melhor filme da DC e um segundo grande filme da DC para a Warner. A Princesa Diana, ou Mulher-Maravilha, aqui é totalmente realizada e completamente tridimensional. Ela finalmente obtém o devido tempo no cinema e eu não poderia ter ficado mais satisfeito. Ela é idealista, mesmo ingênua, compassiva, teimosa e corajosa.

Patty Jenkins, que liderou Charlize Theron para um Oscar, traz uma história cheia de corações, com a criação de um simbolo e construindo uma mensagem universal. O amor vence tudo. Durante a venda do filme, muitos não gostavam da ideia de Gal Gadot, principalmente devido a sua inexperiência como atriz. Ela literalmente ganhou todo mundo em sua participação em 'Batman Vs Superman', e agora sem dúvida vai ganhar um espaço ainda maior no coração de cada espectador. Em certos momentos é possível notar essa falta de bagagem como atriz, mas acredito que ela se encaixou na personagem e quanto mais ela interpretá-la, melhor será.


Chris Pine esta excelente no papel de Steve Trevor. E quando se junta com Gadot na tela, a química entre os dois é inevitável. Por mais que possa parecer piegas, química é tão importante com qualquer romance, e o deles é sólido e crível de uma maneira muito singela, me lembrou Steve Rogers e Peggy Carter.

O elenco de apoio é sólido, e os destaques incluem Connie Nielsen e Robin Wright que retratam a Rainha Hipólita e a General Antíope, com grande entrega de ambas. É muito bom ver esse outro lado de Robin Wright que nos apresenta uma mulher forte, mas introspectiva em House of Cards e aqui nos apresenta outro lado dessa mulher: uma Amazona. Guerreia. A Melhor entre todas as Amazonas.

Já os vilões do filme sofrem do mesmo problema que os vilões da Marvel. No fim, são apenas um desafio para o personagem principal superar no final. Não tem um peso real e são facilmente esquecíveis, deixando um plot twist fraco, facilmente percebido durante o longa.

O terceiro ato do filme é  mais fraco, mesmo com cenas de ação fantásticas. Muitas delas acontecendo à luz do dia e você pode ver o desenrolar dos acontecimentos claramente. Aí entram os efeitos visuais que são bons, mas em alguns momentos fica óbvio o uso do CGI e isso acaba tirando um pouco da sua imersão e interfere na experiência. É um filme que já nasce com os efeitos datados.

Mulher-Maravilha não é um filme panfletário, mas que sim, é feminista. Mostra que todas as mulheres devem ser quem e o que quiserem ser. A mensagem é entregue desde o início e vai ganhando mais ênfase ao longo do filme, onde em uma Londres da primeira guerra mundial, as mulheres literalmente não tinham direitos, até surgir uma mulher que resolve problemas que homem nenhum tem conseguido. E isso, é lindo de se ver.

Com bons momentos entre os personagens, piadas acertadas e humor na hora certa. 'Mulher-Maravilha' é um acerto e tanto para DC e sem dúvida o filme de heroína que precisávamos. E sem dúvidas, merece ser visto novamente.

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