The Sinner - 1ª Temporada | Crítica

The Sinner é uma minissérie da USA Network, baseada em um romance policial de 1999 da escritora alemã Petra Hammesfahr. A série con…

The Sinner é uma minissérie da USA Network, baseada em um romance policial de 1999 da escritora alemã Petra Hammesfahr.

A série conta a historia de Cora (Jessica Biel, O Massacre da Serra Elétrica) uma dona de casa que durante a uma ida ao lago com a família. Em um ataque de fúria, ela mata um desconhecido a facadas, sem saber explicar o porquê do crime. Cabe ao detetive Harry Ambrose (Bill Pullman, Independence Day) descobrir as razões que a levam agir dessa maneira.

A série foi indicada ao Globo de Ouro nas categorias, 'Melhor Filme para TV ou série limitada' e 'Melhor Atriz de Minissérie ou Filme feito para TV'. Tendo apenas 8 episódios ela está disponível no Brasil pela Netflix.

Cora é uma dona de casa, mãe de um menino de três anos que mora numa cidade tranquila, ela e o marido Mason (Christopher Abbott, Girls) levam o filho para tomar banho no lago, um típico programa de família. Cora ao notar um trio de amigos, levanta rapidamente e mata com sete facadas um deles. Ela tem um surto e cheia de fúria desfere golpes no desconhecido, assustando e causando caos no local. 


Após ser fichada na delegacia ela se culpa pelo crime e não tem intenções de se defender. O crime em si já é intrigante e o fato de Cora dispensar a defesa aguça os sentidos do detetive Ambrose a investigar o passado de Cora.

A medida em que ela é questionada sobre sua vida, surgem imagens confusas e a historia que a mesma narra se perde em detalhes, criando um clima de tensão que vai crescendo aos poucos, deixando o espectador ávido por informações. Ambrose parece ser o único interessado pelo caso, com anos de experiencia ele nunca vivenciou ao parecido, as coisas não parecem certas, não existe um histórico ou um padrão para Cora. 


Mantendo um ritmo constante de suspense, Ambrose nota que Cora sofreu algum tipo de trauma que está bloqueando suas memórias, ela passa a ter seções de regressão, para ativar as lembranças adormecidas.

Cora conta fatos da sua infância, criada por uma mãe extremamente religiosa, uma irmã mais nova e com uma doença que a deixa fragilizada limitando sua condição, Cora não teve uma infância normal. É estabelecida uma  relação de confiança entre ambos, não foi nada forçado, foi aos poucos e de forma natural, ela passou a se questionar e querer respostas para as lacunas em branco na sua memória. 


Jessica Biel, depois de anos, saiu do conforto do seu lar para simplesmente entregar uma atuação maravilhosa, arrancando elogios da crítica especializada e garantindo uma indicação ao Globo de Ouro pela sua performance.

Bill Pullman não faz por menos e entrega um personagem cheio de camadas, cheio de problemas pessoais, vendo sua carreira e casamento acabar, até que o caso de Cora choca a cidade e desperta seus instintos. Os dois tem muita química, quando aparecem em cena transmitem sentimentos pelo olhar, sem precisar proferir uma única palavra. 

O roteiro é bem construído, prende já no primeiro episódio e não desaponta mesmo quando entra em um ritmo mais lento. Os coadjuvantes são marcantes ao ponto de não serem esquecidos.

A fotografia chama atenção com os movimentos de câmera e uma paleta de cores tão melancólica quanto o sofrimento da personagem. A direção também é maravilhosa, que ficamos muito próximos de Cora e questionamos as ações do detetive.

A série não tem uma trama inovadora, mas vale a pena ser vista pela forma que a historia é contada. Ela não segue o padrão de uma série de investigação criminal, nem usa o recurso de flashback para ludibriar o espectador, a trama prende ao apresentar uma forma pouco usada em séries criminais, tornando um trunfo positivo.

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