Como assisti por cabine digital, pedi também para conferir também a versão dublada, para entender se esses pontos ficavam exclusivos ao áudio original. As falas ficam um mais claras, provavelmente por alguma mixagem de áudio diferente do original. Mesmo assim, o problema do filme parece ser estrutural.
Algo do filme que me atrapalhou foi parecer que eu não estava entendendo o que acontecia. Na verdade fiquei pensando "eu realmente preciso entender?". Algo que fiz, quando vi que o filme não estava funcionando, foi mudar minha "estrutura" para assistir o filme, deixando a sala de casa mais escura possível, assim como em um cinema, o som um pouco mais elevado do que normalmente escuto. E da mesma forma, parece que o filme não acontece.
Os sussurros, feixes de luz entre portas, o silêncio e a escuridão atrapalham, tiram um ápice que estava esperando, que por muitas vezes só acontecem com uma sequência de sons altos, o famoso jump scare. Esperei ser surpreendido, mas não aconteceu. Para onde vão todos esses elementos que aparecem e desaparecem com um piscar de olhos e de um som estridente?
Me incomoda muito o fato de ser o tipo de filme que você é obrigado a procurar uma interpretação para os elementos e fatos acontecerem. Isso tudo a partir de suposições da internet, nada concreto divulgado pelo diretor ou produção. Só reforça como sua estrutura é fraca.
Curiosamente, descobri ontem que o filme já ganhou até uma paródia de comédia, estrelada por uma pelúcia do Elmo, personagem da 'Vila Sésamo'. Mas quando digo que o problema é o formato da história, é que nem com um elemento de comédia, consegui achar bom.
'Skinamarink: Canção de Ninar' estreia nos cinemas brasileiros em 23 de março, com distribuição da A2 Filmes.