'A Escolha', de Kiera Cass

“ A Escolha ” deveria ser o último livro da série “ A Seleção ”, da escritora Kiera Cass , lançados no Brasil pela Editora Seguinte . P…

A Escolha” deveria ser o último livro da série “A Seleção”, da escritora Kiera Cass, lançados no Brasil pela Editora Seguinte. Porém sabe-se lá por qual motivo, razão ou circunstância, a autora decidiu que a saga teria mais dois volumes: “A Herdeira” e “A Coroa”.

Pois bem, esse tinha tudo pra ser o livro mais emocionante da série, cheio de reviravoltas e em que finalmente seria revelado com quem America iria casar. Mas o que temos é um livro com ótimos ganchos para outras narrativas e que foram muito mal aproveitados; além de um romance que nos é empurrado goela abaixo.

Para relembrar, em “A Elite”, America está mais chata do que nunca, dividida entre seu amor por Aspen e Maxon. O livro termina com ela quase sendo expulsa do palácio, depois de falar ao vivo no Jornal Oficial sobre sua ideia de acabar com as castas. Isso provoca a ira do rei, mas Maxon consegue com que ela permaneça na competição, agora que só sobram quatro garotas.

Nesse terceiro livro vemos America bater de frente com o Rei. Temos uma ideia melhor sobre o caráter do Rei Clarkson e vemos a personalidade de America amadurecer e se transformar. Se antes ela era uma garota confusa e perdida, nesse livro ela está mais segura de si e de seu futuro. Ponto positivo nesse quesito. Porém, ela e Maxon vivem um “dilema”, onde um não quer dizer “eu te amo” primeiro, com medo das consequências caso as coisas não saiam como planejado. Bem imaturo da parte deles e irritante.

Não há muito que dizer do livro sem da spoilers. Então se você não quer isso, pode parar de ler aqui.

[SPOILERS]

O livro foi uma mistura de partes emocionantes com partes desnecessárias e dramáticas da America. Pontos positivos: Foi muito bacana ver a relação dela com as outras selecionadas se tornar mais forte, uma verdadeira amizade. Ela se mostrou esperta quando convidou Georgia e Nicoletta para uma festa no palácio, provando que poderia muito bem ser a próxima princesa, fazendo escolhas estratégicas. Os rebeldes terem um símbolo para se reconhecerem e Kriss ser uma deles foi genial.

Mas aí entram os pontos negativos: Por quê a autora não aproveitou isso melhor?! America poderia ter descoberto isso antes, mesmo que no terceiro livro, mas no começo. Renderia muito mais plot twist. Aliás, a história toda dos rebeldes foi muito mal aproveitada. Poderia ter sido feita tanta coisa com isso, mas foi desperdiçado... Em momento algum conhecemos os rebeldes do Sul e sabemos qual sua real intenção. Os descendentes de Iléa simplesmente não querem o trono, apena um país mais justo? Muita coisa mal contada... E não vou nem falar do romance. Em todas minhas resenhas sobre a série sempre deixei claro que não gostava do Maxon e preferia a America com o Aspen. Certo, não foi o que aconteceu, mas poderia ter sido de uma maneira melhor. Não engulo esse amor deles, e o Aspen levar a America até o altar foi a coisa mais brega que já li.

Por mim a história poderia ter acabado aí, mas vamos ver o que Kiera Cass nos reservou com “A Herdeira”, que se passa sob o ponto de vista da filha de America.

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