Liga da Justiça | Crítica

Finalmente o tão aguardado 'Liga da Justiça' chega aos cinemas trazendo os deuses da DC para um encontro emblemático com o obj…

Finalmente o tão aguardado 'Liga da Justiça' chega aos cinemas trazendo os deuses da DC para um encontro emblemático com o objetivo de salvar a terra de uma ameaça catastrófica. Esse filme é, sem dúvida, um dos mais aguardados pelos fãs de quadrinhos em 2017. Resumidamente, o filme é bom, mostra que a DC está buscando seu ponto de equilíbrio, mas ainda assim, deixa aquele gosto de que, poderia ter mais ou até ser maior do que já é.

Após os eventos de 'Batman vs Superman: A Origem da Justiça', que resultam com a morte do Homem de Aço (Henry Cavil), a terra se vê em um momento de completo temor. Medo é a palavra que permeia o coração dos seres humanos e isso é mostrado de forma coerente com a abertura do filme embalada pela música 'Everybody Knows', de Leonard Cohen.

Eis que um vilão com poderes além da imaginação surge em busca das caixas maternas para destruir o planeta e cabe ao Batman/Bruce Wayne (Bem Affleck), reunir esse grupo de meta-humanos para, quem sabe, evitar destruição da terra.


Nesse time onde já temos Batman e Mulher-Maravilha (Gal Gadot), agora são inclusos Flash (Ezra Miller), Aquaman (Jason Momoa) e Ciborgue (Ray Fisher). Sem muitas delongas com introduções de personagens - uma vez que ainda não temos filmes solos desses três últimos - somos apresentados rapidamente a cada um de forma satisfatória. Logo todos estão envolvidos, sabendo do problema maior e partindo para a pancada com o vilão Lobo da Estepe (Cíaran Hinds). Rapidamente fica claro que mesmo juntos, ainda não são páreos pra esse ser e arquitetam uma forma de trazer Superman de volta à vida.

O filme se mantém interessante durante todo seu desenvolvimento, mas alguns deslizes acabam incomodando.

CGI: em tempos de 'Mogli: O Menino Lobo', aceitar uma CGI porca de um estúdio como a Warner é complicado. Muitas cenas incomodam por um CGI tão aparente que dói na vista. As cenas de batalha final com tons vermelhos saturadíssimos que parecem filtros de aplicativo de celular é berrante. Outro ponto que não posso deixar passar, quando Superman aparece em cena, por minutos fiquei forçando a vista tentando entender porque seu rosto parecia tão deformado, com aspecto emborrachado, meio torto derretendo. Até entender que seu bigode havia sido tirado digitalmente, e com isso, levaram meia expressão do ator. Porque gente, não da pra disfarçar, ficou feio.

Vilão: o Lobo da Estepe é tão raso que em nenhum momento passa a sensação de catástrofe que os personagens insistem em tentar passar. É um monstro com o simples desejo de destruir o mundo, e só. Da mesma forma que aparece do nada no filme, acaba tirado da história de uma forma bem ruim, por sinal. Parece preguiça na hora de escrever o roteiro e dar mais camadas ao personagem.


Aquaman: tanto se fala do personagem durante todo esse tempo, mas foi o mais simplório de todos. Quero muito ver um filme solo dele, mas nesse filme o personagem é apresentado com apenas um diálogo que não acrescenta em nada a trama. É realmente bem menos do que o esperado.

Ação: a DC podia ter segurado a mão em seus trailers. 80% da ação do filme foi entregue nos trailers, inclusive a melhor cena do Aquaman já tinha sido apresentada. Então fica aquela sensação de "já vi isso" e nada impressiona.

Porém, ainda temos alguns pontos positivos:

Entrosamento: os personagens tem uma ligação natural, mesmo com o desenrolar rápido das coisas, o clima de unidade entre eles é aparente e legal de se ver.

Flash: é o alivio cômico do filme, que não é exagerado como nos filmes da Marvel, mas que serve muito bem em cada momento em que é usado. Ezra Miller entrega um Flash bastante satisfatório, com seu jeito ansioso e rápido de ver um mundo onde todos estão em câmera lenta perto dele. Gostei bastante e já espero o filme solo do herói.


Amazonas: ter uma visão, por menor que seja, das amazonas lutando é um colírio para os olhos.

Superman: o símbolo de esperança entrega uma cena que embora rápida, vai fazer acelerar o coração do público com um embate que, caso fale mais, corro o risco de dar spoiler.

Pós-créditos: temos 2 cenas extras, uma especial para fãs e a outra que é um vislumbre do que podemos aguardar para o próximo filme.

No fim, o saldo no geral é positivo. É realmente legal ver todos aqueles personagens em tela. Para muitos é até um sonho se tornando realidade, e isso é algo impagável quando se é fã de quadrinhos. 

Deixando de lado o tom sóbrio dos filmes anteriores e trazendo mais um pouco de cor nesse longa, a DC mostra que sim, tem um panteão de deuses que pode (e deve) ser explorado. Apesar de não estar mais engatinhando na construção de seu universo, ainda faltam detalhes, isso não posso negar.

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